Vou tentar todo fim de semana postar uma indicação de filme, junto com uma reflexão sobre ele...
Hoje quero falar sobre o filme "Legalmente Loira".
Embora seja um filme já de 13 anos, eu ainda não havia assistido esse primeiro e apesar de ser no estilo comédia, ele nos leva a refletir sobre vários assuntos da vida. Além do que, para as mais de 30 como eu, nos remete ao período de nossa adolescência. Ainda que você não se encaixe no perfil da personagem principal, alguma semelhança você irá encontrar, algum valor moral, enfim...
Basicamente é a história de uma garota típica de Beverly Hills, Elle Woods (personagem de Reese Whiterspoon). Seu namorado Warner termina com ela, porque a enxerga como uma garota simplesmente loira e fútil, portanto inadequada para alguém que pretende ter uma carreira tão promissora quanto ele. A verdade é que, na aparência é bem isso que ela demonstra, mas o mais legal é que, no decorrer do filme, ela vai revelando seu potencial. E não é que na vida real é assim também? Quantas vezes julgamos as pessoas pela aparência, determinando quem é legal, quem é "direito" ou quem é chato e falso, pelo simples jeito de se vestir, de andar??? É fato que o interior se revela no exterior, mas basear-se somente na aparência de algo prá dizer se aquilo é o melhor ou o pior para nós, é arriscado.
E é quando seus sonhos vão por água abaixo, que a personagem Elle decide correr atrás daquilo que ela acha valer a pena: reaver seu namorado. Para isso ela não mede esforços e decide entrar para a Universidade de Harvard, afim de impressionar o rapaz. O que eu mais achei interessante dessa trama toda, é que ela não pensou nas impossibilidades, mas atirou-se no que parecia impossível e acreditou! Quantas vezes colocamos tantos empecilhos para alcançar nossos sonhos: "não tenho dinheiro", "não sou bonita o suficiente", "não sou capacitada", enfim... mas o que fazemos para mudar a história? Deus muitas vezes não vai impedir que os problemas venham até nós, mas o que nós vamos fazer a partir disso é o que conta. Vamos sentar e chorar? Nos acomodar com a situação? Ou vamos lutar firmemente?
Aí vem outro porém. Apesar de todos os esforços da garota e de em sua cidade ser uma pessoa popular, quando ela chega até a Universidade, ninguém a trata como amiga, mas fazem de tudo para que ela se sinta desconfortável por estar ali. Muitas vezes achamos que por termos conseguido o emprego dos sonhos, o casamento dos sonhos, a faculdade ideal, não vamos ter dificuldades, tudo será lindo e perfeito. Ledo engano! Enquanto vivermos, será como se estivéssemos numa guerra, e cada vitória é apenas uma batalha vencida. Não podemos desistir jamais, nem fraquejar! Mas devemos ter aquele espírito audacioso de avançar, avançar e avançar!!!
O filme também trata do estigma de que loiras são fúteis e ignorantes. E mais uma vez vemos que a aparência não pode ser o único fator determinante sobre o que uma pessoa é ou não é. Para ser preconceituoso não precisa muita coisa: basta você não aceitar o outro como ele é e querer moldá-lo segundo os seus padrões. Ninguém no filme precisou virar uma "patricinha" para começar a gostar de Elle, pois o respeito faz com que enxerguemos o outro e consigamos entender que, para conviver, não precisamos ser iguais!
E no final, podemos concluir que, às vezes aquilo em que não botamos fé, ou até mesmo as coisas que fizemos na vida, como por exemplo: balé, uma aula de culinária, podem servir de lições e nos levar à um entendimento diferenciado das coisas mais à frente, que é o que acontece com a personagem. Pode-se dizer que foi graças ao seu histórico de vida, que ela pôde ter uma visão diferente dos outros advogados e enxergar tanto testemunhas como a acusada, de uma maneira diferente dos demais! Portanto, nunca julgue que algo foi desnecessário em sua vida, você nunca sabe quando irá precisar disso como bagagem principal! Aquilo que você considera fútil, pode ser que um dia venha a ser o que vá fazer toda a diferença! Pense nisso...
Bom fim de semana, bom filme... beijos e fiquem com Deus, que Ele sempre vai estar com vocês!
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